BRAVIO - Associação Brasiliense de Violão

Notícias sobre o violão de concerto em Brasília

II Encontro da BRAVIO - Associação Brasiliense de Violão

Apoio e Parceria: SESC 504 Sul

Convidado: Júlio Cruz

Júlio Cruz iniciou seus estudos de violão na Escola de Música de Brasília orientado pelo Prof. Ronaldo Miotti. Alcançou o bacharelado em violão pela Universidade de Brasília sob a tutela do Prof. Eustáquio Grilo. Em 2003 obteve bolsa de estudos da Indiana University onde adquiriu o grau de Mestre em Música. Ali, além dos estudos de violão com os professores Ernesto Bitetti e Nuccio D’Angelo, obteve ainda orientação em Jazz e Psicologia da Música.

Auditório do SESC da 504 Sul
Sábado, 08 de abril de 2006

Programação:

15h - Masterclass com Júlio Cruz - Inscrições para alunos ativos no bravio@gmail.com. Na inscrição, indicar que peça você irá tocar. Não esqueça de trazer o instrumento e a partitura. Ouvintes não precisam se inscrever.
Entrada Franca

20h - Recital com Júlio Cruz
Ingressos a R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia)

Programa:

Sonatina - F. Moreno Torroba
5 Bagatelas - William Walton
Milonga del Angel e La Muerte del Angel - Astor Piazzola
Inspiração e Jorge do Fusa - Garoto
Suíte Contatos - Paulo Bellinati

Recital do Grupo Terpsicore

Amanhã, (dia 31 de março) às 19:00
Livraria Cultura CasaPark Shopping Center - SGCV - Sul, Lote 22, Loja 4-A, Zona Industrial, Guará - Brasília-DF

Músicas Folclóricas da Suíça e do Barroco Francês

Apresentação de músicas folclóricas da Suíça e música barroca francesa seguida de um vinho de honra. A música folclórica da Suíça reflete a variedade de vales e montanhas, tendo recebido indistintamente, através dos séculos, influências dos povos de passagem e dos países fronteiriços. As pequenas danças, marchas, canções de amor e gracejos tornaram-se costumes arraigados e mantidos como tradição viva, passando de geração a geração. A música do barroco francês caracteriza-se pela leveza e certa frivolidade, característica da época, transposta para instrumentos capazes de retratar sentimentos com toda delicadeza, como a flauta, a viola da gamba, o cravo, a spineta, a guitarra barroca e a zorba. O grupo Terpsicore é formado com instrumentos de época e destina-se à interpretação do repertório barroco. Com uma viola da gamba, cravo, teorba, flauta doce e uma flauta transversal barroca, o grupo foi formado em 2005, por alunos e ex-alunos da Escola de Música de Brasília.

Realização: Embaixada da Suíça

PROGRAMA:
Canção Suíça, 'Gentille Batelière'
Canção Suíça, 'Coucou'
Canção Suíça, 'Anneli, wo bisch geschter gsi?'

Jacques Morel
Chaconne en Trio em Sol Maior

Canção Suíça, 'Buna sera, biala - Guten Abend, Schöne'
Canção Suíça, 'L'aura del paus'
Canção Suíça, 'Luegit, vo Berg und Tal'
Canção Suíça, 'Pequeno Passarinho quer cantar'

Marin Marais
Suite em ré-menor para viola da gamba e baixo contínuo
(Prélude, Allemande, La Mignone, Caprice, Menuet, Gigue, Rondeau)

Canção Suíça 'Chumm, mir Wei go Chriesele gwünne'
Dança Camponesa Suíça
Canção Suíça, 'Quel mazzolin di fiori'
Canção Suíça, 'Täar i nöd e bitzeli'

Marin Marais suite em trio em sol menor
(Prelude, Fantasie, Sarabande, Gavotte, Menuet, Plainte, Petite Passacaille)

Canção Suíça, 'Z Basel an mym Rhy'
Canção Suíça, 'Cé qu'è l'aino'
Canção Suíça, 'Marche des Amourins'

Marco Pereira e Gabriel Grossi no Clube do Choro de Brasília

Apresentações nos dias 22, 23 e 24 de Março de 2006 – Quarta, Quinta e Sexta-Feira a partir das 21:30 horas. Ingressos a R$20,00(inteira) e R$10,00 (meia)
Maiores informações nesse link

Inscrições para Masterclass com Júlio Cruz

Júlio Cruz é o convidado do II Encontro da BRAVIO, que ocorrera no dia 08 de abril, no SESC 504 Sul. Às 15h ele fará uma oficina de violão (masterclass) e, às 20 h, um recital com obras de Francisco Moreno Torroba, William Walton, Piazzola, Garoto e Paulo Belinatti.

Estão abertas as inscrições para o masterclass com o Júlio Cruz. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para bravio@gmail.com com seu nome e a peça que pretende tocar. A entrada para o evento e a inscrição são gratuitos.

Não se esqueça de trazer seu instrumento e a partitura da obra para o evento.

Recital com o Duo Corda Solta (Jaime Ernest Dias e Matheus Caetano)

23 de Março de 2006, 20h30
Sala le Corbusier, Embaixada da França
Quadra 801 Sul, Brasília

A ocasião marca o lançamento do primeiro CD do grupo

BRAVIO divulga programação completa de 2006

Encontros da BRAVIO - mensalmente, uma atividade didática às 15h (entrada franca) e um concerto às 20h (R$ 16 inteira e R$ 8 meia).
Todas as atividades serão no SESC 504 Sul

11 de março - Quarteto Artesanal
08 de abril - Júlio Cruz
13 de Maio - Alvaro Henrique
10 de Junho - Eustáquio Grilo
15 de Julho - Duo Retocar (Kolmar e Ronaldo)
05 de Agosto - Masao Tanibe (Japão)
16 de Setembro - Marambaia
21 de Outubro - Fernando Dell'Isola
11 de Novembro - Emanuel Nunes
09 de Dezembro - André Marques Porto

Os artistas que não foram selecionados receberão nos próximos dias uma carta explicando porque seu projeto não foi aprovado.

Para quem gostaria de se apresentar no SESC 504 Sul, contate Francisca ou Rossi no (61) 3217-9119 / 9118. A BRAVIO divulga e se dispõe a apoiar qualquer evento violonístico na cidade.

Centro Cultural Banco do Brasil realiza inscrições para projetos culturais

As inscrições para 2007 podem ser feitas de 15 de março à 15 de abril de 2006 exclusivamente na Internet, no site www.bb.com.br/cultura. Os projetos podem ser para as unidades do CCBB em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Show de Aparício Ribeiro e Juca Violeiro (Carlos Pacheco)

TOKATA - Instituto de Música, 516 sul
Sábado, 18 de março, 21:00 h.
Ingressos a R$ 15

Descontração e naturalidade

O Quarteto Artesanal e Alvaro Henrique foram as atrações do I Encontro da BRAVIO. Sim, no ano passado realizamos 05 Encontros, com atrações locais, nacionais (Paulo Porto Alegre, Jodacil Damaceno) e internacionais (o canadense David Jacques) e 01 Palestra (com Moysés Lopes), mas por alguns motivos (músicos tocando gratuitamente ou com apenas uma ajuda de custo, ausência de infra-estrutura para oferecer benefícios a sócios, etc.), resolvemos chamar esses eventos realizados em 2005 de pré-BRAVIO, ou seja, eventos preparatórios para as atividades que nos propusemos a realizar.

Alvaro Henrique inaugurou as atividades desse ano com a palestra Entrando no Mercado Musical: o Primeiro Recital. Observando que vários estudantes que estiveram presentes na última atividade do ano passado, a palestra Planejamento de Carreira para Músicos, feita por Moysés Lopes ( ver apreciação aqui), estavam em dúvidas sobre o começo da carreira, o jovem violonista resolver trocar experiências e dar dicas sobre esse momento crucial e que quase ninguém ajuda ou orienta: como conseguir e organizar os primeiros recitais. Na palestra foram abordados a montagem do programa, o preparo para imprevistos e detalhes, a confecção do material promocional (release, foto, gravação), a busca de locais para propôr apresentações, a negociação do recital, o momento da proposta, a organização do evento, preparo para o dia da apresentação e o que fazer assim que o recital acabou.

Os assuntos foram abordados baseados na experiência de vida do artista, que a dividiu gentilmente com a platéia, sem esconder, guardar ou omitir informações. Tudo muito prático, com exemplos da vida real - incluindo a análise de material de grandes violonistas. O público presente gostou da palestra e um dos participantes motivou o palestrante a escrever um artigo sobre o assunto e divulgá-lo na rede.

Após o evento, as pessoas presentes aproveitaram o espaço entre a palestra e o recital para conversar sobre música, testar violões novos (um dos participantes veio muito alegre com um violão Abreu novinho), bater um papo... É uma ótima oportunidade para fazer amigos e trocar idéias com pessoas que têm os mesmos interesses e gostos.

À noite, o Quarteto Artesanal apresentou obras de seu CD lançado a poucos meses. Lis, de Marco Pereira, obra dedicada ao grupo, iniciou uma noite muito descontraída, em que os músicos se sentiram muito à vontade e tocaram com extrema naturalidade. Em seguida, um obra de um dos membros do grupo: Gismotina, de Bosco Oliveira. Um trecho em vídeo dessa obra pode ser visto nesse link

Em seguida, Valsa Negra, de Leandro Braga e Balada para Toni, de Marco Pereira. Antes de iniciar a música, Pachá (violoncelo) explicou o processo de como se produz arranjos para uma formação tão diferente: dois violões, flauta e violoncelo. Outra membro do grupo escreveu uma obra que foi apresentada: Ladeira Abaixo, de Sidnei Maia. A obra, viva e alegre, contagiou a platéia e animou o público. Outra peça de Bosco Oliveira foi apresentada: Encontro das Águas.

Encerrou o programa um arranjo do grupo da Suíte Retratos, de Radamés Gnattalli, compositor que é homenageado esse ano pelo centenário de seu nascimento (a BRAVIO ano passado apresentou a integral para violão desse compositor para iniciar as festividades, como se pode conferir nesse link). A obra é uma homenagem de Radamés a compositores de música popular que ele admira. Pixinguinha, o primeiro movimento, homenageia um dos grandes gênios da música popular brasileira. Ernesto Nazareth, uma valsa, é dedicada a esse pianista tão importante pra música de salão do início do século passado. Anacleto de Medeiros, que foi maestro da banda do corpo de bombeiros do Rio, é um nome pouco conhecido, mas de grande importância no desenvolvimento da música popular. Uma gravação ao vivo da performance dessa peça pode ser baixada nesse link. Para fazer o download do arquivo, clique em "Free". Na página que abrirá em seguida digite as letras coloridas no campo indicado e clique enter.

Chiquinha Gonzaga, o último movimento da Suíte Retratos, é uma obra composta a partir de um tema da própria Chiquinha que Radamés desenvolveu nesse belo corta-jaca.

O público aplaudiu o grupo de pé e, de bis, repetiu Encontro das Águas, de Bosco Oliveira.

Gostaríamos de agradecer a todos que compareceram às atividades do I Encontro da BRAVIO e espero que vocês venham aos outros 9 encontros que estamos organizando até o fim do ano. Visitem o blog para ficar informados sobre eventos violonísticos em Brasília, pois aqui divulgaremos qualquer evento na cidade que trate de violão instrumental. Clique neste link para saber mais como se tornar um sócio da BRAVIO e quais são os benefícios que oferecemos.

Fotos: Rossi

Serviços Musicais - Artigos Musicais e Acessórios


Essa é a relação de nossos sócios que vendem artigos musicais e acessórios. Para tornar-se um sócio, clique aqui.

Hermelino de Jesus Souza
hermelino@elo.com.br
(98) 3231 0688

A Livraria Musimed teve de mudar o seu site. Agora o endereço para comprar partituras e livros musicais é www.livrariamusimed.com.br ou contato@livrariamusimed.com.br

Duo Corda Solta na TV Senado

No Conversa de Músico, programa da TV Senado, professor e aluno se uniram para resgatar uma tradição na música instrumental brasileira. Os violonistas Jaime Ernest Dias e Matheus Caetano formam o duo Corda Solta e vêm desenvolvendo um trabalho com ênfase na interpretação de obras de compositores brasileiros das mais variadas tendências.

Sexta, 10/3 às 21h30.
Sábado, 11/3 às 14h30.
Domingo, 12/3 às 19h45.

A BRAVIO (Associação Brasiliense de Violão) agora tem e-mail próprio: bravio@gmail.com.br

A partir de agora, para falar conosco, envie uma mensagem para esse endereço.

Não deixe de visitar o blog da BRAVIO. Atualizado constantemente, o site divulga notícias relevantes sobre o violão.

Aproveitamos a oportunidade para lembrá-lo da nossa primeira atividade de 2006. Veja mais no link indicado

Caso você queira receber informações da BRAVIO por e-mail (notadamente eventos violonísticos organizados pela entidade), por favor mande uma mensagem para bravio@gmail.com.br e o incluiremos na nossa lista.

O FAC-DF está recebendo projetos de entes e agentes culturais até o dia 31 de março.

Os formulários de inscrição para pessoa física e pessoa jurídica estão disponíveis em nosso site. Para preencher o formulário acesse o nosso site ou link aqui indicado

Para maiores informações, entre em contato com o FAC: fac@sc.df.gov.br ou (61)3325 - 6211.

Reunião convocada por Jorge Antunes

A pauta é a seguinte:

1- Criação de um grupo político-cultural;
2- Redação de um manifesto do grupo;
3- Criação do "Coro do Povo";
4- Palestras-debates no dia 24 de março.

QUINTA-FEIRA, dia 9, às 16h30, na Sala 1 do Departamento de Música da UnB.

- A idéia do "Coro do Povo" se refere à organização de um grande coral popular,
com mais de 400 vozes, para cantar unicamente músicas politizadas ou reivindicatórias ou de protesto, em qualquer lugar, de preferência nas ruas e praças, com peças novas somente a duas vozes.

- No dia 24 várias Universidades sul-americanas estarão realizando eventos dentro
da programação "Arte y Dignidad", rememorando a tragédia provocada pelo golpe militar na Argentina ocorrido em 24 de março de 1976. Foi, coincidentemente, em 24 de março de 1980 que foi assassinado Monsenhor Romero pela ultra-direita em El Salvador. A palestra será ilustrada com a audição da gravação da obra "Elegia Violeta para Monsenhor Romero".

Abraço,
Jorge Antunes
Tel: 3368-1794

CORREIO BRAZILIENSE, caderno CULTURA
1º de março de 2006

MÚSICA
A singeleza de um baixo soprado

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Nahima Maciel
Da equipe do Correio

Adauto Cruz/CB

O fagotista e lutier Hary Schweizer lança o primeiro (e último, segundo ele) CD do instrumento


O som grave de baixo do fagote fisgou Hary Schweizer aos 27 anos. Idade tardia para dar início ao estudo de um instrumento, ele reconhece. Mas como a paixão traça lá seus caminhos, o catarinense radicado em Brasília há quase quatro décadas cedeu e foi estudar fagote. Deixou para trás o piano e investiu no sopro. Estudou na Alemanha, terra natal de seus pais, e voltou ao Brasil no final da década de 1970. Há 16 anos, tempos depois de participar da fundação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e já professor do Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB), Hary vislumbrou novas trilhas. Inconformado com os preços do instrumento no Brasil, resolveu montar sua própria oficina de fabricação de fagote. Foram necessários 10 anos de estudos, pesquisas e tentativas para chegar a um instrumento cuja sonoridade fosse satisfatória.

É esse mesmo resumo biográfico estampado nas linhas acima que o fagotista tentou contar nas 21 faixas do CD Com licença!…. Eclético nos gêneros e na origem dos compositores, o disco é o primeiro de Hary. “E o último”, avisa. As dificuldades que rondam a produção de discos independentes não motivam o instrumentista a seguir adiante. Mas resultam em trabalho de singular delicadeza e coesão. “É um disco para ouvir como se folheia um álbum de fotografias. É um pequeno retrato autobiográfico. Não é virtuoso porque não sou um virtuoso”, avisa o fagotista. Pode não haver virtuosismo algum, mas certamente estão ali 50 minutos de melodias contemporâneas carinhosamente lapidadas, sem excessos e nada enfadonhas.

Para começar, Com licença!… foi inteiramente gravado com fagotes construídos por Hary. Quebra uma possível – ainda que remota – monotonia do instrumento solo a participação da pianista Elza Gushikem, do baterista Paulo Marques e dos também fagotistas Gustavo Koberstein e Flávio Lopes Figueiredo Júnior. O quinteto, completado por Hary, está presente em grande parte das faixas, ora na formação integral, ora desmembrado. Abre o disco a faixa-título Com licença!…, composição do maestro Júlio Medaglia, um presente para Hary. “Foi escrita especialmente para o CD e é a única faixa que congrega todos os músicos envolvidos”, conta. A faixa seguinte, Ária, um trecho da Bachianas brasileiras nº 5, de Villa-Lobos, é talvez a mais conhecida do disco. Gravada inúmeras vezes com os mais diversos arranjos, a cantilena tem trecho escrito originalmente para voz. É onde se encaixa o sopro do fagote, acompanhado unicamente pelo piano. O efeito é simples e contribui para ressaltar a melancolia contida na Ária.

Na seqüência, uma pequena jóia: Lua branca, a parte melódica e singela do conjunto Duas miniaturas brasileiras, de Chiquinha Gonzaga. Novamente o fagote assume o lirismo do canto que originalmente acompanha os instrumentos. Entremeados ao popular e ao erudito brasileiro estão três composições de Achim von Lorne, professor de Hary durante os anos de estudo na Alemanha. As peças são inéditas e foram escritas para o próprio instrumentista em forma de estudos. Dois tangos de Emílio Terraza e uma modinha de Francisco Mignone completam o repertório, que tem ainda Brejeiro, de Ernesto Nazareth, e três curiosidades.

Jobim
É um mistério o interesse de Tom Jobim pelo fagote, mas é fato que o instrumento atraiu sua atenção. Mágoas de fagote é uma pecinha curta, não passa de dois minutos, na verdade o rascunho de uma composição inacabada, segundo Hary. Em Com licença!… ganhou a primeira gravação. Os ares de marchinha têm acompanhamento da bateria, discreta mas ritmada por trás do fagote. Mais adiante, O fagote encontra o jazz, do alemão Andreas Herkenrath, anuncia o pendor jazzístico de Hary. O fagotista toma a liberdade de transpor o colorido jazzístico para a Sonata em mi menor de Benedetto Marcello, compositor italiano do século 18. “Todas essas peças foram escolhidas em cima da minha história de vida: eu aprendendo, ensinando e construindo. E no final senti vontade de encontrar o jazz”, explica.

O lançamento de Com licença!…, marcado para abril, será acompanhado de um curta-metragem de Dora Galesso sobre a atividade de Hary como lutier. O pequeno documentário mostra os passos da fabricação do instrumento. O processo é inteiramente artesanal e demorado. Hary leva em média um ano para construir dois fagotes. E se envolve desde a colheita da madeira até o polimento das chaves laterais do instrumento, hoje distribuído para todo o Brasil.

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COM LICENÇA!…
Primeiro CD do fagotista Hary Schweizer. Com Elza Gushikem (piano), Paulo Marques (bateria), Gustavo Koberstein (fagote) e Flávio Lopes Figueiredo Júnior (fagote). 21 faixas. R$ 25. Pode ser adquirido pelo site www.haryschweizer.com ****
Em Brasília o CD pode ser encontrado na Livraria MUSIMED (W3-505 Sul) e Livraria CULTURA, Casaparkshopping

Show com Duofel

Sábado, dia 4 de março às 19:00
Local: Livraria Cultura CasaPark Shopping Center - SGCV - Sul, Lote 22, Loja 4-A, Zona Industrial, Guará - Brasília-DF
tel 61- 34 10 40 33

Duo formado pelos violonistas Luiz Bueno e Fernando Melo, que começaram a tocar juntos em 1977, quando o alagoano Fernando mudou-se para São Paulo, terra natal de Luiz.

Depois de iniciar a carreira tocando em conjuntos de baile, os dois resolveram investir em outro estilo musical, influenciados principalmente por Paco de Lucia, pela música dos índios tabajaras e acima de tudo, Egberto Gismonti.

Com essas referências, viajaram pelo nordeste do Brasil em 1978, e no ano seguinte, de volta a São Paulo, começaram a se apresentar em bares e casas noturnas do circuito alternativo, já com o nome Duofel (cuja origem é a junção das palavras 'dupla Fernando e Luiz').

O Duofel fez parte da banda da cantora Tetê Espíndola e com ela viajou em turnês, atuando como instrumentistas e arranjadores. Assinaram, inclusive, o arranjo de 'Escrito nas estrelas', música que venceu o Festival dos Festivais em 1985.

De 1987 data o primeiro disco da dupla, 'Duofel Disco Mix'. Depois gravaram 'As cores do Brasil", pela alemã Line Music. Em 1992 passam a excursionar com Hermeto Pascoal, que se revela apreciador do trabalho do duo. Só a partir do terceiro disco, 'Duofel', passam a gravar músicas de outros compositores, com arranjos próprios.

Neste disco contaram com a participação de Oswaldinho do Acordeon, outra influência decisiva na carreira. Excursionaram pela Europa e se apresentaram também no Free Jazz Festival.

O disco 'Kids Of Brazil' (Velas, 1996) foi dedicado aos meninos de rua. Em 2000 foi lançado pela Trama o disco comemorativo 'Duofel 20', celebrando os 20 anos de carreira do duo.