BRAVIO - Associação Brasiliense de Violão

Notícias sobre o violão de concerto em Brasília

XII Encontro da BRAVIO - Abril de 2007 - Participação de Duo Maravalhas / Dell'Isola



O XII encontro da BRAVIO foi um dos mais importantes encontros que tivemos até então. Poderia resumir como “um encontro de reflexões”. É natural associarmos importantes momentos à conquistas e fatos positivos acontecidos em nossas vidas. Mas esquecemos que estas vitórias muitas das vezes são frutos de um investimento gerado pela reflexão e indagação de um ou mais momentos não tão positivos assim. Onde está a diferença entre as iniciativas duradouras e sólidas e as iniciativas sazonais? Ambas acertaram e erraram. Ambas tiverem momentos de alto e também de baixo. Acreditamos que a diferença esta justamente na forma como nos deparamos com as dificuldades naturais que a vida nos traz. Nossos encontros acabam sendo uma extensão de nossas vidas, ou seja, nos traz de tudo um pouco. Cabe a nós usufruir dos bons momentos e, nos momentos difíceis, refletir e re-avaliar nossas idéias e iniciativas para que, com isso, continuemos na direção certa.


A Palestra

Após ficarmos sabendo que a até então palestra programada teria de ser adiada, tivemos que, de última hora, pensar em uma atividade que atendesse minimamente a proposta da Bravio em seus encontros. Por sorte e com um pouco de criatividade, montamos uma apresentação utilizando o Editorial escrito pelo nosso atual presidente Alvaro Henrique em conjunto com a coleção completa da revista Violão Intercâmbio. A idéia inicial era fazer um comparativo entre o momento atual da BRAVIO com os anos iniciais desta maravilhosa revista que entrou para a história do violão representando a década de 90 do século passado. Alem de uma comparação macro entre as iniciativas da BRAVIO e da Revista Violão Intercâmbio, tínhamos também a intenção de gerar a reflexão sobre os grandes violonistas da atualidade e seus respectivos momentos citados nas matérias e agendas das revistas. Como os números iniciais se passaram a 14 anos atrás, muitos dos grandes violonistas de hoje eram citados como estudantes na época.

Por ironia do destino, a presença das pessoas para o primeiro momento do nosso encontro também foi adiada.

A coleção completa da revista Violão Intercâmbio foi doada para a biblioteca violonística do SESC e se encontra disponível para todos que desejarem.

O Sarau

Com a presença de Alexandre Aguiar e Augusto Mendonça, o sarau deste encontro foi curto. Augusto iniciou o sarau apresentando os estudos VIII e IX de Matteo Carcassi. Logo em seguida, Alexandre iniciou a apresentação do primeiro movimento da Suíte Venezuelana, entretanto o Sarau teve que ser interrompido para a liberação do espaço para passagem de som e luz.

O Recital

O recital do Duo Maravalhas / Dell'Isola fez com que, literalmente, as difculdades enfrentadas no encontro desaparecessem. Fellipe Maravalhas com sua guitarra barroca teorbada e Fernando Dell’Isola com sua torba e seu alaúde barroco de onze ordens, interpretaram obras de François Couperin, Johann Sebastian Bach, Charles Mouton e François Couperin levaram o público a uma verdadeira viajem no tempo. A apresentação iniciou-se com a entrada do Duo Felippe Maravalhas e Fernando Dell’Isola tocando de forma bastante acolhedora a peça Les Baricades Mistérieuses Les Bergeries de François Couperin. Poucos segundos após o início do espetáculo, o público já se encontrava em um estado quase que hipnótico, devido a tamanha beleza de interpretação. Após o fim desta peça, Fernando sai do palco e deixa apenas Felippe interpretando os 4 movimentos da Sonata I (BWV 1001) de Bach. Destacamos a peculiaridade da interpretação do Fellipe Maravalhas que, através da sua guitarra barroca teorbada trouxe ao palco uma interpretação desta peça de Bach que muitos da nossa atualidade não teriam a oportunidade de ouvir. Isso se deve ao fato de que, não apenas pelo uso do instrumento de época, mas também pela técnica e por peculiaridades interpretativas serem também as que utilizadas na época barroca e renascentistas. Após a participação solo de Fellipe Maravalhas, entra ao palco em sua substituição, Fernando Dell’Isola, não mas com sua teorba, mas com seu alaúde barroco de 11 ordens. Fernando interpretou Pièces de Luth ( Prélude, La Belle Homicide, Chaconne, Gavotte e L’Impromptu ) de Charles Mouton. Ao final, Felippe retorna ao palco e fechando a apresentação no formato de Duo com a interpretação dos três movimentos da peça Le Dodo, ou L’amour au Berceau de François Couperin.


BRAVIO.

1 Comments:

At 12:58 PM, Anonymous Anônimo said...

oi, boa tarde!!! muito bom eu SERGIO AUGUSTO DIBNER MARAVALHAS MAIL dibner@curitiba.org.br CURITIBA-PARANA.

 

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