Um dia para entrar na história do violão em Brasília
"Pré-BRAVIO? O que é isso?", o público perguntava. A BRAVIO ainda não está registrada formalmente. Por que não fazer um grande concerto com os violonistas de Brasília para difundir a idéia e arrecadar fundos para a criação da entidade? Pois foi o que fizemos!
E como nasceu esse evento?

Nesse meio tempo, Alvaro e Maurízio conversar com o SESC Estação 504 Sul, e sua proposta foi muito bem recebida na instituição. Quatro eventos mensais foram marcados com a finalidade de fornecer uma prévia da BRAVIO em pleno funcionamento e arrecadar fundos para convidar artistas de outros estados. Para o primeiro desses eventos, tivemos a sorte de contar com a passagem de Jodacil Damaceno pela cidade. Somos muito gratos com a participação dele, que mesmo adoentado e sem qualquer remuneração, participou como estrela do dia.


Durante a tarde, uma palestra sobre compositores de Brasília. Infelizmente muitos convidados cancelaram na última hora, pelos motivos mais diversos, mas o bate-papo com Umberto de Freitas e Eustáquio Grilo foi muito proveitoso. Eles comentaram de suas obras principais, planos de divulgá-las e publicá-las, o que os motivou a compor, como eles trabalham, e como eles vêem a arte da música. Perguntas da platéia acaloraram o debate. Foi ótimo conhecer melhor a produção violonística feita na capital federal.
O que mais se esperava era o recital da noite. No palco do SESC 504 sul passaram grandes nomes da música de Brasília, instrumentistas que certamente estarão presentes nos eventos da BRAVIO. Fernando Dell'Isola abriu o recital tocando teorba, um belo instrumento do século XVIII, com uma bela apresentação. Ballo, de Kapsberger, foi o destaque da sua participação.
Em seguida, Felippe Maravalhas, em novo visual e novo instrumento, tocou guitarra barroca ateorbada, outro instrumento do século XVIII. Sua suíte de Bach foi muito apreciada, com uma interpretação muito bem informada sobre a época e ao mesmo tempo muito atraente para ouvidos modernos.
A noite não era só uma demonstração dos músicos da cidade, mas também um resumo da história do violão. Alvaro Henrique, após a curta Fantasia Sul-América, de Cláudio Santoro (fundador do departamento de música da UnB e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional), tocou Gran Ouverture, de Mauro Giuliani, numa réplica de um violão do século XIX, ou seja, no mesmo instrumento tocado pelo próprio Giuliani.

Em seguida, o grande convidado da noite, Jodacil Damaceno, subiu ao palco, mostrando um grande show de musicalidade e simplicidade. Não foi por acaso que ele foi o único músico da noite a ser aplaudido após cada obra. Seu belo toque e sua musicalidade causou admiração em toda a platéia. Mesmo adoentado, sua interpretação foi muito bela e foi uma verdadeira aula de sonoridade e maturidade musical. Difícil escolher uma peça de destaque, pois todas as três obras foram muito apreciadas, muito musicais, revelando que a experiência e a bagagem cultural tornam um músico erudito cada vez mais completo, maduro, e no apogeu, independente da idade.


Esperamos contar com sua participação no futuro! Caso você queira ser informado dos próximos eventos da BRAVIO, mande um e-mail para alvaroguitar@gmail.com
Fotos: Wagner Rodrigues 3351-7528 / 9101-7528
1 Comments:
Vida longa a Bravio!!!!!!!!!!1
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